Alemanha destaca parceria com o Brasil

“Nosso portfólio se complementa e nosso compromisso com o meio ambiente é o mesmo”, afirma representante do governo alemão. Investimentos podem chegar a 441 milhões de euros

Por Marta Moraes – Editor: Marco Moreira

A diretora de Desenvolvimento Sustentável, Recursos Naturais, Economia e Infraestrutura do Ministério Federal da Cooperação Econômica e do Desenvolvimento da Alemanha (BMZ), Tania Rödiger-Vorwerk, disse que o Brasil é o parceiro mais importante da Alemanha para a proteção das florestas e do clima. Segundo ela, os dois países negociam investimentos de 441 milhões de euros. “Nosso portfólio se complementa e nosso compromisso com o meio ambiente é o mesmo”, afirmou.

Tania Vorwek fez esta declaração durante o debate sobre “Manejo sustentável de florestas, restauração florestal e reflorestamento”, realizado nesta quarta-feira (19/8), em Brasília, na Conferência “Florestas, Clima e Biodiversidade”, iniciativa do Ministério do Meio Ambiente(MMA) em parceria com o governo alemão.

Durante o encontro, foram debatidos os desafios da conservação e manejo sustentável das florestas; o impacto da implantação do Código Florestal e do Cadastro Ambiental Rural; a visão dos dois países sobre a importância estratégica das ações de restauração e recomposição de florestas; e a contribuição alemã para os esforços brasileiras nessas frentes; entre outros assuntos.

PRINCIPAIS QUESTÕES

O assessor especial do MMA Antônio Prado falou sobre a transformação da economia florestal brasileira nas duas últimas décadas, os desafios para fortalecer a economia florestal no Brasil, os avanços com o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e as principais determinações do Código Florestal. “O CAR certamente é a principal ferramenta para o controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico dos imóveis rurais, e combate ao desmatamento no País”, destacou.

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, aproveitou para perguntar aos debatedores o caminho deve ser adotado para não se restringir o uso da propriedade rural. “Qual a sugestão para que se use esses ativos como incremento da economia florestal e, dentro da lógica do produtor rural, para que ele entenda a proteção ambiental como um ativo seu de produção sustentável de alimentos?”, indagou.

O presidente da Amata, empresa especializada na comercialização de madeira certificada, Roberto Waack, respondeu que a transformação depende de alguns fatores relacionados a um ambiente institucional mais amplo. “O ativo florestal só vai se tornar realidade no momento que deixar de competir com os ilegais”, afirmou. “A implantação do Código Florestal está relacionada com o fim da ilegalidade nessa questão ambiental.”

Também participaram da mesa, que foi moderada por José Carlos Carvalho, conselheiro do Instituto Inhotim (MG): Elizabeth de Carvalhaes, presidente Executiva da Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ); André Nassar, secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA); Sérgio Lopes, secretário extraordinário de Regularização Fundiária na Amazônia Legal do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA/SERFAL); e o senador Jorge Viana (PT-AC).

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Publicado em: 23/08/2015

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